As mudanças no perfil da mulher responsável pelo domicílio nos últimos oito anos

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A discussão sobre livros didáticos ganhou destaque no noticiário nas últimas semanas em razão, principalmente, da possibilidade de o Ministério da Educação descartar livros estocados e não utilizados, e da possibilidade de lançamento de um novo edital para obras pedagógicas e literárias.

Para enriquecer essa discussão, este post analisa a opinião dos próprios professores sobre a qualidade dos livros usados em sala de aula. A base de dados utilizada é o questionário da Prova Brasil de 2017 (últimos dados disponíveis) aplicado a professores de escolas públicas e privadas, que responderam se o livro didático utilizado é ruim, razoável, bom ou ótimo.

Na rede pública, somente 5% dos professores avaliaram os livros didáticos como ruim. Praticamente a metade avalia como bom (49%), 27% como razoável e 14% como ótimo. Já na rede privada, o percentual de professores que avaliou o livro didático como ruim é ainda menor: 1%. Quase a metade avaliou como ótimo (46%), 38% como bom e 10% como razoável. Logo, enquanto na rede pública 63% dos professores responderam que os livros didáticos são bons ou ótimos, na rede privada esse percentual sobe para 84%. Os professores que responderam que não usam livros didáticos têm um percentual semelhante nas duas redes: 5% da rede pública e 4% da rede privada.

Ao todo, 300.196 professores responderam o questionário, sendo 294.561(98%) de escolas públicas e 5.644 (2%) de escolas privadas. Chama a atenção a diferença de percepção de professores de ambas as redes em relação à qualidade do livro didático: uma diferença de 32 pontos percentuais no caso dos que avaliam como ótima, de 11% no caso dos que avaliam como boa, de 17% no caso dos que avaliam como razoável e de 4% no caso dos que avaliam como ruim. Vale lembrar que os professores da rede pública só podem escolher livros que fazem parte da lista do PNLD, limitação que os professores da rede privada não têm.

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