Homens, áreas urbanas e regiões mais ricas concentram os maiores benefícios da Previdência

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Uma das pautas mais difíceis para qualquer presidente eleito é a temida Reforma da Previdência. Anos de debate e tentativas em diferentes governos acabaram apenas em pequenas alterações nas regras de aposentadoria. Entretanto, quanto mais o tempo passa pior fica o problema e mais difícil é encontrar uma solução.

O governo atual tem um grande desafio, pois o debate sempre gira em torno de medidas impopulares em que parte da população deve abdicar de alguns benefícios individuais em prol do bem-estar coletivo. As estatísticas já são conhecidas, mas sempre vale a pena lembrar que:

  1. As áreas rurais concentram os menores benefícios (Tabela 1)
  2. As regiões mais ricas do país concentram os maiores benefícios (Tabela 2)
  3. Homens recebem mais benefícios maiores do que mulheres (Tabela 3)

Os dados foram calculados usando a primeira entrevista da PNAD contínua anual de 2017 do IBGE para pessoas com 65 anos ou mais de idade. Os benefícios provenientes de aposentadorias ou pensões foram categorizados segundo o salário mínimo da época (R$ 937,00) e mostram que a maior parte dos brasileiros recebe o benefício de 1 salário mínimo (55,4%), enquanto que somente 7,3% recebem mais de 4 salários mínimos (mais de R$ 3.748,00).

Observando a condição no mercado de trabalho por faixa de benefício recebido, vemos que a maior parte dos beneficiários com mais de 65 anos está fora da força de trabalho. Entretanto, o percentual de beneficiários que continuam trabalhando é maior dentre aqueles que recebem benefícios maiores, ou seja, 15% daqueles que recebem mais de 4 salários mínimos continuam trabalhando, enquanto esse percentual é de 10,6% quando o valor do benefício está entre 1 e 2 salários (Tabela 4).

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