Por Thaís Barcellos, pesquisadora do IDados
Neste post, tratamos da diferença dos rendimentos dos trabalhadores do setor informal (empregados sem carteira1 e os conta-própria2) de acordo com o nível de escolaridade.
O gráfico abaixo mostra que, em 2017, pessoas que trabalhavam por conta-própria ganhavam mais que os trabalhadores sem carteira assinada em todos os níveis de escolaridade.
A maior diferença percentual está entre os trabalhadores informais com nível superior incompleto (39,6%). Neste caso, aqueles que trabalhavam por conta-própria ganhavam, em média, R$ 2.105,30, ao passo que os trabalhadores sem carteira assinada com esse mesmo nível de escolaridade recebiam, em média, R$ 1.270,74.
Em contrapartida, a menor diferença percentual está justamente entre os trabalhadores informais que concluíram o ensino superior (8,1%). Enquanto os chamados conta-própria recebiam, em média, R$ 3.921,59, os trabalhadores sem carteira assinada recebiam, em média, R$ 3.604,41.
Em posts anteriores, fizemos as comparações entre o rendimento de trabalhadores formais do setor público e privado e a comparação agregada entre todos os trabalhadores por escolaridade.
Definições:
- Empregado sem carteira: inclui empregados do setor privado sem carteira de trabalho assinada, trabalhador doméstico sem carteira assinada e empregado do setor público sem carteira assinada.
- Conta-própria: pessoa que trabalha explorando o seu próprio empreendimento, sozinha ou com sócio, sem ter empregado, e contando (ou não) com a ajuda de trabalhador familiar auxiliar.