Dados sobre analfabetismo de levantamento do IDados são base de reportagem no Valor Econômico

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Segundo levantamentos do IDados, 82% dos 5,3 milhões de analfabetos não completaram a primeira série do ensino fundamental (antigo primeiro grau). Mais 17% completaram o primeiro ano do ensino fundamental, mas não conseguiram chegar ao ensino médio. O resultado revela que mais da metade deles (54%) está na região Nordeste, o dobro do Sudeste (23%).

“Quem completou o primeiro ano deveria ter sido alfabetizado, mas isso não aconteceu nesses casos. É algo que pode estar ligado à qualidade do ensino recebido ou ainda a uma dificuldade de aprendizado do próprio estudante”, disse Thaís Barcellos, pesquisadora da IDados.

Para especialistas, esse padrão do analfabetismo do país – população mais velha e concentrada na região Nordeste – está ligado ao problema histórico do acesso à educação no meio rural. É um reflexo das grandes distâncias, do trabalho precoce, da pobreza e da desigualdade.

Thais Barcellos acrescenta que muitos desses brasileiros que não sabem ler ou escrever estão atualmente inseridos no mercado de trabalho, em profissão que exigem baixa qualificação. Para ela, esses trabalhadores não teriam expectativa de um “bônus educacional” na renda de voltar para escola.

Os dados estão em reportagem no Valor Econômico, desta segunda-feira, 21 de maio. Confira a reportagem na íntegra aqui.

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