Neste post, analisamos o percentual de concluintes em cursos ligados a Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, também conhecidos como STEM. Para a análise, são usados dados dos concluintes dos cursos de graduação presencial do Censo da Educação Superior, do Inep/MEC.
Os gráficos mostram o percentual de concluintes em cursos STEM em faculdades públicas e privadas no período 2009-2018. Em 2018, o percentual de concluintes em cursos STEM foi maior nas instituições públicas: 26% contra 19% dos concluintes das instituições privadas. Isso representa 143 mil concluintes em STEM dos 752 mil concluintes da rede privada e 63 mil concluintes em STEM dos 238 mil da rede pública. Assim, formaram-se ao todo 205 mil profissionais em cursos STEM no ano de 2018 contra 785 mil em cursos não STEM.
De 2009 para 2018, entretanto, as instituições privadas tiveram um aumento maior no percentual de concluintes em STEM (7,5 pontos percentuais) do que as instituições públicas (5,5 pontos percentuais). Isso mostra uma maior mudança na composição dos concluintes das instituições privadas ao longo dos anos em favor de cursos STEM.
Outro destaque é que o percentual de concluintes em STEM era relativamente estável até 2012 nas faculdades privadas. A partir daquele ano, o percentual passou a aumentar gradativamente (cerca de 1 ponto percentual a cada ano). Já nas faculdades públicas, a trajetória crescente só fica clara a partir de 2014, ocorrendo oscilações do percentual de concluintes em STEM no período.
A escolha da formação universitária pode ser determinante para o sucesso no mercado de trabalho, principalmente em um país em que o número de pessoas com diploma de ensino superior tem aumentado mais rápido do que a demanda no mercado de trabalho (leia aqui). Ademais, em um mundo cada vez mais tecnológico e com rápido processo de automação de ocupações, é crescente a preocupação em formar mão-de-obra qualificada em STEM.