Quantos anos de estudos são necessários para se ter um salário acima do rendimento médio nacional?

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Por Equipe IDados

Quantos anos aproximadamente um brasileiro deve estudar para conseguir alcançar e ultrapassar o rendimento médio real do trabalhador do país, estimado em R$ 2.214 no trimestre de março a maio deste ano?

De acordo com um levantamento do pesquisador Pedro Forquesato, do IDados, são necessários 12 anos de estudos ou mais para que um trabalhador brasileiro tenha um salário bem próximo à média nacional.

Quem tem de 12 a 14 anos de escolaridade, ou seja, o ensino superior incompleto, tem um rendimento médio de R$ 2.381,70.Quem vai além e consegue concluir o ensino superior completo, o que equivale a ter 15 anos de estudos ou mais, tem, em média, um salário de R$ 5.355,12, ou seja, ganha mais do que o dobro do rendimento médio do país e de quem começou o ensino superior e não completou.

Em termos percentuais: quem completa o superior completo tem, em média, um aumento de 124,8% em relação aos que não completaram.

Entretanto, os que iniciaram o ensino superior (12 a 14 anos de estudos) e não o completaram têm, em média, um salário cerca de 34,64% maior dos que completaram o ensino médio.

Quem tem 11 ou 12 anos de estudos e completou o ensino médio tem uma remuneração média de R$ 1.768,83, abaixo da média salarial nacional.

A força do diploma – No Brasil, quem estuda menos do que quatro anos, ou seja, não conclui o primeiro ciclo do ensino fundamental, ganha, em média, R$ 908,00.

Os que estudam entre quatro e sete anos, ou seja, que conseguem completar o primeiro ciclo do ensino fundamental já têm um rendimento médio de R$ 1.254,00 – aumento de 38,1% em relação a quem não completou o ensino fundamental I.Quem tem aproximadamente oito anos de estudos e completa o ensino fundamental passa a ganhar cerca de R$ 1.410,00 – um aumento de 12,4% no salário em relação a quem tem o fundamental incompleto e de 55,28% em relação a quem tem o fundamental I incompleto (0 a 4 anos de estudos).

Completar o ensino fundamental garante um salário maior do que cursar os primeiros anos do ensino médio e não concluir.

A média salarial de quem tem de 9 a 10 anos de escolaridade, ou seja, começou e não terminou o ensino médio, é de R$ 1.274,60 – uma queda de 9,7% em relação a quem completou o ensino fundamental.

Como dito acima, completar o ensino médio (11 ou 12 anos de estudos) significa elevar o salário para R$ 1.768,83.

Nível de instrução dos brasileiros e evasão escolar – Hoje, no Brasil, a distribuição da população com mais de 18 anos por nível de instrução, é a seguinte, segundo o IBGE: 14,37% tem o ensino superior completo (ou mais), 5,38% tem o ensino superior incompleto, 29,19% tem o ensino médio completo, 6,14% tem o ensino médio incompleto, 8,47% tem o ensino fundamental completo, 28,55% tem o ensino fundamental incompleto, 7,89% não tem instrução ou tem menos de um ano de estudo.

Ainda é muito alta no país a taxa dos que não completam um determinado nível de instrução. Estimativas baseadas no Censo Escolar para os anos de 2016 e 2017 apontam que, no ensino fundamental, a taxa de evasão pode ser de 8%, e no ensino médio, pode chegar a 15%.

Todavia, segundo os cálculos oficiais, do INEP-MEC, as taxas de evasão de 2014 e 2015 foram de 3,6% no ensino fundamental e de 11,2% no ensino médio. Muito altas, de qualquer forma.

No ensino superior, as taxas de abandono variam dependendo do curso, mas para ingressantes em 2010, elas foram de aproximadamente 45% no caso das faculdades públicas e de 58% no caso das faculdades privadas.

2018-07-24

1 COMENTÁRIO

  1. Tudo isso é teoria. Na prática o realidade é outra. Você vira lixo com a idade e quanto mais estudo você tenha mais caro você é visto pelas empresas. Se você tiver a sorte de conseguir se manter empregado você pode-se considerar um vitorioso. Agora se perder o emprego. Vira lixo. As empresas querem mão de obra barata, sem filhos e família. Assim você se contenta em receber abaixo do mercado. No Brasil a mediocridade pera. O próprio RH já descarta seu currículo por critérios como idade. E no meu caso, tenho 50 anos, e fiquei 20 anos em uma mesma empresa. Estou 2 anos desempregado. Eu não conversei com nenhuma pessoa de RH mais velha do que eu. As perguntas são do tipo ” por quê você ficou 20 anos na mesma função na mesma empresa? Você não estava acomodado ? ” A pergunta já vem com o preconceito embutido. Eu fiquei 20 anos fazendo o que gostava. Eu trabalhava com pesquisa e desenvolvimento. Tinha que estudar o tempo todo. Participei do desenvolvimento de muitos produtos da empresa. Tinha fluxo em vários departamentos e interagia com clientes e dava treinamentos dentro e fora da empresa como palestrante.
    O RH não gosta de respostas assim. Eles são jovens e você é fora do padrão desejado. Virei lixo. Salário acima do mercado só para empresas que fazem disso uma forma de marketing.
    No Brasil emprego bom é público. Quem tem carteira de trabalho sofre humilhação atrás de humilhação.

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