Rendimento médio por nível de escolaridade no Brasil

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Por Thaís Barcellos, pesquisadora do IDados 

O balanço do ano de 2017 ainda não fechou, mas os números indicam uma melhora do mercado de trabalho brasileiro pelo saldo positivo nas contratações até o mês de novembro.

Com este post, damos início a uma série que analisará os resultados mais recentes do mercado de trabalho usando a PNAD contínua (IBGE).

No Brasil, ter um diploma faz muita diferença no mercado de trabalho. Pessoas que concluem ciclos educacionais conseguem uma melhor colocação.

O gráfico abaixo mostra a evolução da média de rendimento por níveis escolaridade do primeiro trimestre de 2012 ao terceiro trimestre de 2017.

Observamos que o efeito de concluir os ciclos educacionais leva a remunerações maiores. Por exemplo, quem tem o ensino fundamental completo ganha mais do que quem não conseguiu concluir o ensino fundamental. O mesmo vale para quem concluiu o ensino médio e o ensino superior.

Também podemos observar que há uma queda na remuneração média dos níveis de escolaridade mais altos durante o período. Uma pessoa com ensino superior completo que ganhava R$ 5.183,00 no primeiro trimestre de 2012 passou a ganhar R$ 4.895,90 no terceiro trimestre de 2017. A queda se acentua após o segundo trimestre de 2015, mas parece se estabilizar a partir do final de 2016 para todos os níveis de ensino.

Outro ponto interessante do gráfico é que, no Brasil, é melhor ter o ensino fundamental completo do que começar o ensino médio e abandonar no caminho. No terceiro trimestre de 2017, quem tinha o ensino fundamental completo recebia em média R$1.389,24, enquanto aquele que não concluiu o ensino médio recebia R$ 1.253,00.

Além disso, ter um diploma de ensino superior mais que dobra a remuneração em relação aquele que começou, mas não conseguiu completar, o curso de graduação.

As evidências apontam a importância de se ter um diploma no mercado de trabalho brasileiro. Mostram também que o retorno obtido por se concluir um curso superior no Brasil ainda é muito alto, apesar de este ter sido o nível educacional mais afetado pela crise econômica, com maior redução de remuneração média.

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