Uma reportagem veiculada pelo G1 revelou que 525 mil trabalhadores com diploma, entre 22 e 25 anos, são considerados sobre-educados, ou seja, exercem ocupações que não exige ensino superior. A matéria, assinada pelos jornalistas Bianca Lima e Luiz Guilherme Gerbelli, se baseou em levantamento da pesquisadora Ana Tereza Pires, da consultoria IDados.
Com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ana Tereza Pires identificou que “as pessoas que se formaram a partir de 2015 enfrentaram um cenário de crise, em que elas não conseguiam mais encontrar uma vaga compatível com o nível de estudo.”
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Embora o cenário do mercado de trabalho esteja fragilizado, um curso de ensino superior ainda faz muita diferença no país. A taxa de desocupação é menor entre aqueles trabalhadores com diploma universitário:”Ter ensino superior no Brasil continua sendo uma grande vantagem frente a outros trabalhadores”, afirma a especialista. “Por mais que os jovens não estejam conseguindo
encontrar vagas compatíveis com a formação deles, é importante lembrar a taxa de desemprego entre quem tem ensino superior é muito mais baixa do que, por exemplo, quem tem só ensino médio ou menos”, conclui.
A reportagem na íntegra pode ser lida aqui.