Diferença entre as taxas de desocupação de brancos e negros cresce entre 2012 e 2021

Discrepância entre as taxas de desocupação dos dois grupos tem seu ápice em 2020, primeiro ano da pandemia, quando atingiu 5,1 pontos percentuais, o dobro em relação a 2012. Já a diferença de escolaridade entre brancos e negros na força de trabalho vem diminuindo desde 2012

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taxa de ocupação

Este levantamento avalia a taxa de desocupação e os anos de escolaridade de negros e brancos com base em dados da PNAD Contínua (IBGE). A Tabela 1 mostra a taxa de desocupação para indivíduos entre 18 e 65 anos no terceiro trimestre da pesquisa de 2012 a 2021. Em todo o período analisado, a taxa de desocupação dos negros é maior do que a dos brancos.

A diferença entre os dois grupos diminuiu até 2014 – de 2,5 pontos percentuais em 2012 para 2,2 pontos percentuais em 2014. A partir de 2015, concomitante com a crise econômica, a diferença entre as taxas de desocupação sobe. Em 2015, enquanto 7% dos brancos presentes na força de trabalho estavam desocupados, entre os negros o percentual era de 10%. A diferença entre as taxas dos dois grupos tem seu ápice em 2020, atingindo 5,1 pontos percentuais, o dobro em relação a 2012.

Outra informação importante apresentada na Tabela 1 é a média de anos de escolaridade de brancos e negros entre 18 e 65 anos na força de trabalho. Ao longo dos anos da pesquisa, brancos são mais escolarizados que negros. Entretanto, a diferença entre os anos de escolaridade está diminuindo. Em 2012, brancos tinham em média 11,9 anos de estudo e negros, 10, uma diferença de quase 2 anos de escolaridade. Em 2021, essa diferença caiu para um ano e meio: 13,1 anos de escolaridade para brancos e 11,5 para negros.

Assim, apesar de a diferença de escolaridade entre brancos e negros estar diminuindo, a diferença entre a taxa de desocupação dos dois grupos não apresenta o mesmo padrão.

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