Para onde migram os brasileiros?

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A população brasileira vem mudando – e também se mudando – ao longo das últimas décadas. Para entender melhor a migração do estado de nascença para outros estados brasileiros, este post irá analisar a migração demográfica no Brasil entre os anos de 1970 e 2010 com base no Censo demográfico do IBGE. Será que existem mais emigrantes ou imigrantes nos estados brasileiros?

No período mais intenso de deslocamentos, de 1970 a 1980, os emigrantes da região Nordeste e dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina se deslocavam para áreas de atração populacional como a região Centro-Oeste e os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná.

Entretanto, em 1980 os padrões de migração do campo para a cidade perdem força e se inicia uma migração de outros estados para a região Norte, possivelmente por conta do deslocamento da fronteira agropecuária.

Esta migração para o Norte permanece em evidência durante a década de 1990, enquanto a região Nordeste, com saldo migratório negativo, continua expulsando mais nordestinos do que atraindo pessoas de outros estados. Já o Paraná, que nas décadas de em 1970/80 tinha elevada taxa migratória, passou a ter saldo negativo, tornando deficitária toda a região Sul.

Em 2010, o movimento migratório do país fica menos intenso, em parte porque durante esses anos grande parte da população já havia se deslocado ao menos uma vez do seu estado de nascença, principalmente para residir em grandes centros econômicos como São Paulo e Rio de Janeiro, e na região Centro-Oeste.

O último gráfico faz uma análise do perfil de escolaridade do imigrante e da pessoa que nasce e permanece no seu estado de nascimento. Em ambos os casos, há um aumento da escolaridade média ao longo das décadas de 1970 a 2000.

A escolaridade média do imigrante que reside no estado de São Paulo é menor que a dos paulistas durante todo o período. Já no Rio de Janeiro não há um padrão claro – a escolaridade média do imigrante é maior que a do fluminense até 1980, se inverte em 1991 e volta a ser maior em 2000.

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