Nossos alunos têm tranquilidade para estudar em casa? E nossos professores estão capacitados para integrar dispositivos digitais ao ensino?

Segundo dados do PISA 2018, teste aplicado a estudantes de 15 anos do ensino médio de diversos países, no Brasil cerca de 20% dos alunos não têm um lugar tranquilo para estudar.

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ensino à distância

Esse post compara a situação do Brasil com alguns países em duas questões importantes relacionadas ao ensino em tempos de quarentena, isolamento social e fechamento temporário das escolas: tranquilidade para os alunos estudarem em casa e capacidade dos professores para integrar dispositivos digitais à instrução.

Segundo dados do PISA 2018, teste aplicado a estudantes de 15 anos do ensino médio de diversos países, no Brasil cerca de 20% dos alunos não têm um lugar tranquilo para estudar. Em países com desempenho similar ao Brasil em matemática, esse percentual é maior: é de 22% na Argentina, 23% na Colômbia e 34% Indonésia. Porém, nos países da OCDE, que apresentam um resultado melhor em matemática, somente 12% dos alunos dizem não ter um lugar tranquilo para estudar.

Outro ponto importante são as habilidades dos professores para integrar dispositivos digitais ao ensino. De acordo com os dados do PISA 2018, cerca de 48% dos diretores brasileiros consideram que seus professores possuem essas habilidades. Na Colômbia, são 54%; Argentina, 39%; Indonésia, 72%; e, nos países da OCDE, a média é 60%.

Assim, os países apresentam situações distintas no que diz respeito a algumas situações que podem influenciar a qualidade do ensino à distância, muito adotado nesses tempos de pandemia. Resta saber se essas diferenças podem contribuir ou não para aumentar as disparidades educacionais já existentes entre países – e mesmo, aqui no Brasil, entre estados.

 

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