Recentemente, o INEP divulgou os Indicadores de Qualidade da Educação Superior 2019. Dentre esses indicadores, destaca-se o Índice Geral de Cursos (IGC), que varia de 1 a 5, atribuído a cada instituição avaliada. Em seu cálculo, o IGC faz uma média ponderada das notas dos cursos de graduação (Conceitos Preliminares de Curso) e das notas dos cursos de pós-graduação (Conceitos Capes) das Instituições de Educação Superior (IES).
Em 2019, das 2021 instituições avaliadas, somente 42 (2%) receberam o conceito máximo (IGC 5), sendo 15 públicas e 27 privadas. Ocorre que, das 42 instituições com conceito máximo, 26 foram avaliadas somente na graduação, 5 na graduação e doutorado, e 11 nas três etapas (graduação, mestrado e doutorado). Ou seja, o IGC compara instituições com etapas de ensino diferentes.
Este post analisa se a participação das universidades públicas aumenta ou diminui dentre as melhores instituições em cada nível de ensino separadamente (graduação, mestrado e doutorado), a partir de dois critérios:
- a) analisando as 2% melhores em cada etapa;
- b) fazendo um corte mais amplo, analisando as 10% melhores.
Na graduação, foram avaliadas 2021 instituições, sendo 12% públicas. De acordo com o primeiro critério utilizado (2% melhores), ilustrado na figura 1, a participação das públicas entre as melhores é de 5%. Pelo segundo critério (10% melhores), ilustrado na figura 2, a participação das públicas é de 18%.
Já no mestrado, foram avaliadas 332 instituições, sendo 43% públicas. De acordo com o primeiro critério utilizado (2% melhores), a participação das públicas é de 11% (figura 1). Pelo segundo critério (10% melhores), 45%. Por fim, no doutorado, o número de instituições avaliadas cai para 197, sendo 37% delas públicas. Dentre as 2% melhores, a participação das públicas é igual à participação geral: 37%.