As mudanças no perfil das admissões no mercado de trabalho brasileiro

Hoje, 72% de todos os admitidos possuem pelo menos Ensino Médio Completo, sendo 12,5% desses com Superior Completo.

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Um dos mais perversos efeitos da crise que se abateu sobre a economia brasileira nos últimos anos foi o aumento elevado do desemprego (12,0%, segundo os dados mais recentes).

Embora estejamos vendo uma tendência de queda nessa taxa nos últimos meses, a melhora ainda é muito lenta e parece ser puxada pelo mercado informal. Para piorar, o desemprego tem afetado desproporcionalmente as populações mais vulneráveis: jovens e trabalhadores pouco qualificados.

Nesse post, analisamos o ingresso no mercado formal de trabalho, observando se o perfil das admissões mudou ao longo do tempo.

Já vimos em um post anterior que uma das mudanças recentes no mercado de trabalho foi o adiamento da idade de entrada no mercado formal. Entre 2007 e 2017 (anos mais recente para os quais temos dados), a idade média de ingresso subiu de 24,9 anos para 28,6. Agora veremos se outras características do ingresso também se modificaram no período.

O que notamos é que houve uma mudança no perfil dos admitidos no mercado formal nos últimos 10 anos, com uma queda acentuada das admissões de trabalhadores com menos escolaridade.

No período analisado, as admissões de empregados com Ensino Fundamental Incompleto e Completo caíram 66% e 44% (Gráfico 1). Efeito contrário ocorreu dentre os mais escolarizados: as admissões de trabalhadores com Ensino Médio e Superior correspondem a valores 36% e 95% mais altos hoje do que há 10 anos.

Observando especificamente o período da crise, houve uma elevada queda do total de admissões para os 3 grupos de menor escolaridade. Somente as admissões dos altamente escolarizados (com Ensino Superior) já retornaram aos valores do pré-crise.

Isso significou uma mudança na composição das admissões. Hoje, 72% de todos os admitidos possuem pelo menos Ensino Médio Completo, sendo 12,5% desses com Superior Completo. Em 2007, essa proporção era de menos de 50% (e 6,4% com Ensino Superior).

O que os dados indicam é que a entrada no mercado formal se tornou mais seleta no período recente, e empregos com maior escolaridade passaram a ser mais proeminentes dentro do mercado formal.

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1 COMENTÁRIO

  1. Tenho acompanhado esse crescimento no perfil com escolaridade superior, bem como para aqueles que estão se qualificando , reciclando e se potencializando. Seja através de certificações , treinamento , idiomas e investimentos no autoconhecimento e inteligência emocional.

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