Por Idados
Nos cursos presenciais de graduação (faculdades) das três carreiras de nível superior com melhor média de remuneração no País – Engenharia Civil, Direito e Medicina, o número de mulheres cresceu significativamente nos últimos anos.
Em Engenharia Civil, carreira muito associada ao universo masculino, a porcentagem de mulheres cresceu quase 10 pontos percentuais em 10 anos – era de 20,9% em 2015 e passou a ser de 30,3% em 2015; em Direito, as mulheres se tornaram maioria com um aumento de 6,3 pontos percentuais no período: eram 49% em 2005 e foram para 55,3% em 2015; e em Medicina, elas ampliaram a vantagem, passando de 50,2% em 2005 para 56,8% em 2015 – um crescimento de 6,6 pontos percentuais.
Nessas três carreiras, as mulheres também vêm ganhando mais espaço no mercado de trabalho, mas ainda são menos empregadas do que os homens. Em Engenharia Civil, elas passaram de 17% em 2005 para 21% em 2015; em Direito, de 41% em 2005 para 49% em 2015; e em Medicina, de 40% em 2005 para 45% em 2015. Em Direito e Medicina, a vantagem das mulheres nas faculdades ainda não se reverteu em superioridade no mercado de trabalho.
Entretanto, quando analisamos a evolução da remuneração média de homens e mulheres entre 2005 e 2015, vemos que elas continuam em desvantagem. Em Engenharia Civil, um homem ganha, em média, 19% a mais que a mulher em 2015 (a diferença percentual era de 22% em 2005); Em Direito, a diferença em favor dos homens deu um salto: é de 23% em 2015 e era de 11% em 2005; e em Medicina, a diferença é de 5% em 2015 (e era de 8% em 2005). Nas três carreiras, as mulheres continuam ganhando menos do que os homens, em média.
Com base em números da RAIS de 2015, vemos que homens que atuam na área de Engenharia Civil ganham, em média, R$ 9.281,58, e as mulheres, R$ 7.782,78, uma diferença de R$ 1.498,80; já os homens que atuam na área de Direito recebem, em média, um salário de R$ 11.863,55, e as mulheres, R$ 9.608,62, uma diferença de R$ 2.254,93; e, por fim, os médicos ganham, em média, R$ 8.716,05, ao passo que as médicas recebem R$ 8.289,99, uma diferença de R$ 426,06
As mulheres, em nosso País, ainda têm muitos desafios pela frente, sendo um deles maior valorização no mercado de trabalho e, consequentemente, equidade salarial.
Veja as tabelas em que se baseiam as análises em: