As taxas de ocupação e desemprego dos que só têm o ensino fundamental completo e dos que concluem o ensino médio regular ou pelo EJA

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EJA

Este post – primeiro de uma série sobre Educação de Jovens e Adultos (EJA) – compara as taxas de ocupação e desemprego entre pessoas que não estão frequentando a escola e têm o ensino fundamental completo e as que concluíram o ensino médio de forma regular ou pelo EJA.

São feitas duas comparações: primeiro, entre quem tem somente o ensino fundamental e quem tem diploma EJA de ensino médio; e, segundo, entre quem tem diploma EJA de ensino médio e quem se formou regularmente nesta etapa.

A primeira comparação objetiva discutir se é vantajoso para uma pessoa com o ensino fundamental completo investir seu tempo para obter o diploma de ensino médio, mesmo que seja do EJA. Já a segunda visa analisar se um diploma EJA de ensino médio tende a ter o mesmo valor no mercado de trabalho do que um diploma de ensino médio regular.

Nas análises, foram utilizados dados do terceiro trimestre da PNAD Continua 2020 de pessoas entre 30 e 65 anos que não frequentam escola e completaram o ensino fundamental ou médio. (Assim, a amostra exclui pessoas que frequentam a escola e pessoas com ensino fundamental incompleto e superior completo ou incompleto). Nesse recorte, 1,4 milhão de pessoas têm diploma EJA de ensino médio – aproximadamente 5% do total dos que completaram esta etapa. O EJA é um programa de formação tardia, e é baixo o percentual de pessoas com esse tipo de diploma antes dos 30 anos.

A tabela abaixo mostra o percentual de ocupados e a taxa de desemprego para os três grupos. O percentual de ocupados para as pessoas com até o ensino fundamental é de 56%, 9 pontos percentuais abaixo das pessoas com diploma EJA de ensino médio (65%) e 8 pontos percentuais abaixo das pessoas com diploma regular de ensino médio (64%).

Em relação à taxa de desemprego, ela foi maior para as pessoas com diploma regular de ensino médio (9%), seguidas de perto pelas pessoas com até o ensino fundamental completo (8%) e das pessoas com diploma EJA de ensino médio (7%).

Os dados indicam que, em termos de chances de estar ocupado, parece fazer sentido para uma pessoa com o ensino fundamental completo obter um diploma de ensino médio, mesmo que seja pelo EJA.

Já a diferença entre as taxas de desemprego entre os três grupos não é acentuada – quem tem o diploma EJA de ensino médio tem uma ligeira vantagem de dois pontos percentuais em relação aos que têm o diploma de ensino médio regular e de um ponto percentual em relação aos que só completaram o ensino fundamental.

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