Tendência de baixa do número de matrículas e de ingressantes nas faculdades públicas e privadas

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O número de matrículas em cursos de graduação de faculdades públicas e privadas – pouco mais de 8 milhões de alunos – apresentou um crescimento de apenas 0,2% em 2016 em relação a 2015 – menor índice de crescimento dos últimos anos.

Manteve-se, assim, a tendência de desaceleração registrada no ano anterior. Em 2014, o número de matrículas teve um aumento de 7,1%, e em 2015, de 2,5%. O levantamento foi feito com base no Censo do Ensino Superior 2016, divulgado recentemente pelo INEP/MEC.

Quando associamos o número de matrículas totais (em instituições públicas e privadas) e a taxa de variação do PIB, vemos que, com exceção de 2014, quando o PIB foi de 0,1% e o número de matrículas subiu 7,1%, nos anos de maior crescimento do PIB, houve também uma elevação do número de matrículas. Foi assim em 2007 (PIB de 6,1% e aumento de matrículas de 7,5%), em 2008 (PIB de 5,1% e aumento de matrículas de 10,6%) e em 2010 (PIB de 7,5% e aumento de matrículas de 7,1%). Em dois anos marcados pela recessão, 2009 e 2015, houve uma retração de matrículas em faculdades públicas de -1,9% e -0,5%, respectivamente.

Em 2016, as matrículas em instituições de Ensino Superior privadas chegaram a se retrair (-0,2%). Em 2015, o resultado já tinha sido bem inferior ao do ano anterior – crescimento de 3,5% de matrículas em relação aos 9,2% de 2014.

Tabela – Taxa de variação anual do PIB a preços constantes, das matrículas nos cursos de graduação em todas as redes e na rede pública e privada – Brasil, 2006 a 2016

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Fontes: IBGE. Censo do Ensino Superior 2006 a 2016. Elaboração IDados.

Ingressantes

Em 2016, houve um aumento de 2,2% do número total de ingressantes no Ensino Superior em relação a 2015. O número foi puxado pela entrada de estudantes nas faculdades privadas (aumento de 2,9%), porque nas públicas houve uma diminuição de 0,9%. Em 2015, as instituições públicas já haviam apresentado uma queda de 2,6% no número de ingressantes.

Durante os anos de retração econômica, a taxa de ingressantes na graduação apresentou queda: -11,6% em 2009; -6,1% em 2015; e -4,0% em 2016 em relação a 2014.

O número de ingressantes no Ensino Superior em 2016 foi de aproximadamente 3 milhões de estudantes, sendo que quase 7 milhões de pessoas realizaram o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em 2015.

Em 2016, as instituições de Ensino Superior abriram 7.873.702 vagas, número quase quatro vezes maior do que o total estimado de concluintes do Ensino Médio no mesmo ano – cerca de dois milhões de estudantes.

Mesmo considerando que apenas 33,5% destas vagas foram realmente preenchidas, a oferta de vagas no Ensino Superior é mais do que suficiente para acomodar o triplo de alunos formados no Ensino Médio no ano anterior.

Tabela – Taxa de variação anual do total de ingressantes nos cursos de graduação e nas redes pública e privada – Brasil, 2006 a 2016

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Fonte: Censo do Ensino Superior 2006 a 2016. Elaboração IDados.

Tabela – Ingressantes, matriculados e concluintes (estimados) do Ensino Médio entre 2007 e 2016:

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Fonte: Inep

Gráfico: Concluintes do Ensino Médio X população de 17 anos

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Fonte: INEP – Elaboração: IDados

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