Universidades federais: número de matrículas cresce 89% em 10 anos, mas fica estável em 2016

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Alunos no cursinho da POLI USP

De acordo com o Censo do Ensino Superior 2016, divulgado recentemente pelo INEP/MEC, o número de matrículas nas universidades federais ficou estável em 2016 (1.083.050 contra 1.068.101 em 2015). Mas entre 2006 e 2016, houve um aumento de 89% – eram 573.590 matrículas em 2006.

O número de docentes das universidades federais também teve um aumento de 81% no decênio, chegando a 89.737 professores, em sua grande maioria trabalhando em regime de tempo integral. A relação entre docentes e matrículas não foi alterada (aproximadamente 12 matrículas por docente).

No entanto, a despesa do Ministério da Educação (MEC) com estas entidades, embora tenha crescido 62% no período (passou de 26,4 bilhões em 2006 para 42,7 bilhões em 2016), não acompanhou o ritmo de expansão das matriculas e do número de docentes. O resultado é que o gasto por aluno decresceu, em valores reais, de R$ 46.039 anuais, em 2006, para R$ 39.464, em 2016 (ou cerca de R$ 3,3 mil por mês por aluno).

Tabela: Despesa, Matrículas e Docentes das Universidades Federais – Brasil, 2006 a 2016

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Fonte: Sinopses do Censo do Ensino Superior e Portal de Transparência do Governo Federal. Elaboração IDados.
Nota: Valores da despesa foram deflacionados pelo IPCA (preços médios de 2015=100).

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