Aumenta a desigualdade social no país

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desigualdade social

Dentre um grupo de 164 países analisados em 2017 pelo Banco Mundial, o Brasil é o 8º país mais desigual. Com base em dados da PNAD Contínua, do IBGE, este post trata do comportamento no Brasil, entre os anos de 2012 e 2019, do Índice de Gini, uma das medidas mais utilizadas para avaliar a desigualdade em um grupo de pessoas. Afinal, a desigualdade no país tem aumentado ou diminuído nos últimos anos?

O índice varia entre 0 e 1. Caso o valor fosse zero, a renda média domiciliar de todos os domicílios brasileiros seria igual. Como a renda média domiciliar em 2019 foi de R$ 955,00, este seria o valor da renda média domiciliar para todos os brasileiros. No pior cenário, o índice seria igual a 1, caso em que um único domicílio teria toda a renda do país – um caso de extrema desigualdade.

Como pode ser visualizado na Figura 1, nos anos pré-crise (2012 a 2014), o índice de Gini estava em queda: decresceu de 0.579 em 2012 para 0.571 em 2014. No entanto, nos anos pós-crise (a partir de 2014), o cenário se inverte, e o índice atinge em 2017 o mesmo patamar de 2012. Desde 2016, o índice só vem aumentando.

Como pode ser visualizado na Tabela 1, a renda média domiciliar dos 5% mais ricos e dos 5% mais pobres em 2014 (primeiro ano da crise) e 2019 (dados mais recentes), vemos que a renda média domiciliar dos 5% mais pobres em 2014 era de R$ 40,50, ao passo que dos 5% mais ricos era de R$ 4.527,86 – uma razão de 112 vezes. Já em 2019, os 5% mais pobres tinham uma renda média domiciliar de R$ 48,17, enquanto os 5% mais ricos, de R$ 6.321,75 – uma razão de 131 vezes.

Ainda analisando a Tabela 1, mas agora tomando por base de comparação a renda média domiciliar dos 25% mais ricos e dos 25% mais pobres em 2014 (primeiro ano da crise) e 2019 (dados mais recentes), vemos que renda média domiciliar dos 25% mais pobres em 2014 era de R$ 127,47, ao passo que dos 25% mais ricos era de R$ 1.746,54 – uma razão de 14 vezes. Já em 2019, os 25% mais pobres tinham uma renda domiciliar média de R$ 155,63, enquanto os 25% mais ricos, de R$ 2.600,38 – uma razão de 17 vezes.

É importante continuar avaliando essa evolução, mas, de qualquer forma, cabe-nos indagar: até quando a sociedade brasileira comportará tamanhas desigualdades?

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